Capacitar e Inspirar: bases do compromisso para “fazer acontecer”
Face à dimensão e complexidade dos desafios enfrentados por profissionais e organizações são exigidos, hoje de forma inequívoca e sem precedentes, novos conhecimentos, novas capacidades e novos comportamentos. Para favorecer as mudanças necessárias, a capacitação e inspiração podem e devem configurar-se como processos dinâmicos de desenvolvimento de competências orientadas para o compromisso de “fazer acontecer”.
Para muitos empresários e quadros com responsabilidades na condução de negócios este compromisso, naturalmente associado à vontade de fazer crescer as suas organizações, transforma-se numa necessidade imperiosa e diária, em que todo o tempo conta para incrementar desempenhos. Os desempenhos têm sido, hoje, aferidos através de indicadores ligados a factores que emergiram, sucessiva e cumulativamente, nas últimas décadas como o custo, a qualidade, o prazo de entrega, a resposta rápida, o “time-to-market” e a diferenciação.
A vocação primordial das actividades de capacitação e inspiração joga aqui o seu papel ao favorecer a construção de competências profissionais necessárias e ao permitir ajustamentos em prol de níveis acrescidos de produtividade e desempenho. Adicionalmente, importa facilitar a socialização organizacional em que são promovidos processos de transmissão de objectivos e exigências associados às funções e aos padrões da organização.
Na vida organizacional são tomadas decisões em termos de recursos humanos, nem sempre fáceis, que colocam em evidência necessidades de capacitação. Mais do que meros desejos em participar em, por exemplo, acções de formação importa equacionar as reais necessidades sentidas, por uma lado, a priori e, por outro, à posterior dos processos de trabalho actuais e futuros.
Neste sentido e sem a preocupação de detalhe exaustivo, podem configurar-se como necessidades de capacitação a priori a entrada e/ou redução de colaboradores, a mudança de métodos e processos de trabalho, a substituição ou movimentação de pessoal, os desequilíbrios decorrentes de faltas, licenças e férias de pessoal, bem como da modernização de equipamentos e da introdução de novos produtos e/ou serviços. Por outro lado e a posteriori, a laboração pode colocar “problemas de produção” evidenciados em avarias frequentes, no tempo de aprendizagem e integração no posto de trabalho muito prolongado, nas despesas excessivas de manutenção de máquinas e equipamentos, no excesso de erros e desperdícios, no elevado número de acidentes no trabalho ou na pouca versatilidade dos colaboradores, entre outras. A estas situações podem juntar-se os comummente designados por “problemas de pessoal” e que podem ser traduzidos na existência de mau relacionamento interpessoal, reduzido interesse pelo trabalho, falta de cooperação, absentismo elevado e erros frequentes, entre outros.
Ao valor inestimável do “saber de experiência feito” que cada profissional transporta consigo importa incorporar uma nova visão, uma visão mais integrada e esclarecida que permita ajudá-lo a focar-se no que realmente é importante e, de igual modo, lhe permita “fazer acontecer” e alavancar o seu desempenho.
Jorge Pinto